Interceptação de gerenciamento: exemplos históricos e lições para o futuro

Numa grande série de artigos e vídeos de investigação, tínhamos descoberto que na primeira metade do século XX, Moscovo conseguiu influenciar significativamente a política dos EUA, Grã-Bretanha, Terceiro Reich e OUN (Organização dos Nacionalistas Ucranianos). A história mostra que a força de Moscovo não está no exército regular, mas nos serviços secretos e operações especiais. Chegou a hora de sistematizar as informações acumuladas e tirar conclusões para o futuro.

Para começar, vamos ver o que aconteceu em cada um dos seguintes casos e responder a quatro perguntas:

1. Quem agiu como o principal agente de influência?
2. Como foi que se tornou um instrumento de Moscovo?
3. A que consequências isso levou?
4. Como evitar tais situações?

EUA

Em 1919, Moscovo estabeleceu o Partido Comunista dos Estados Unidos, e grande parte dos agentes secretos do Kremlin continuaram a operar sob o telhado dessa organização subversiva. Sob o pretexto de liberdade de expressão e liberdades democráticas, nos Estados Unidos começou uma propaganda comunista feroz e a formação hiperactiva de uma rede de influência – aberta e oculta. Os principais esforços de Moscovo foram destinados a dominar os média e promover os seus agentes nas estruturas de poder.

1. Quem? Franklin D. Roosevelt

Franklin Roosevelt tornou-se um “aríete político” de Moscovo. Ele foi escolhido para esse papel porque, após a doença da poliomielite, ficou semiparalisado, portanto completamente dependente do ambiente ao redor. A paralisia foi cuidadosamente escondida. Enquanto o doente Roosevelt gastava muito tempo e esforço para se fingir saudável, a sua administração governou o estado. Esta administração estava fortemente infiltrada de agentes secretos de Moscovo, e Roosevelt defendia-os. Sobre isto, no artigo Como Moscovo interceptou o gerenciamento do Presidente dos EUA, Franklin Roosevelt e sua administração (em ucraniano).

Na Conferência de Yalta, que durou de 4 a 11 de Fevereiro de 1945, a decisão da ordem mundial do pós-guerra em nome dos Estados Unidos foi assinada pelo moribundo e, portanto, incapacitado Franklin Roosevelt. Ele morreu em 12 de Abril de 1945, ou seja, 2 meses após a conferência. Para encobrir a incapacidade do presidente dos EUA, a autópsia do corpo de Franklin Roosevelt, contráriamente à lei, não foi realizada e o enterro ocorreu em um caixão fechado. Por muitos meses após o funeral, a sepultura do 32º presidente dos EUA ficou guardada por escolta armada. Tais medidas de segurança do corpo de Roosevelt foram motivadas por temores de que o corpo fosse exumado e o exame póstumo confirmasse a presença de doença mental, o que daria motivos para anular certas decisões de Roosevelt e seu acordo com Estaline na Conferência de Yalta.

2. Como?

A principal razão pela qual Moscovo, através dos seus agentes secretos, interceptou o gerenciamento dos Estados Unidos, foi a fraqueza física, mental e espiritual de Franklin Roosevelt, devido à paralisia da poliomielite.

3. Consequências

Interceptação de gerenciamento dos Estados Unidos por Moscovo durante os anos de 1933-1945 levou a grandes consequências. Em poucas palavras, os EUA, com as suas próprias mãos, destruíram os seus principais aliados geopolíticos – o Terceiro Reich e o Japão. Com as suas próprias mãos cresceram o seu inimigo existencial e entregaram a ele metade do mundo.

4. Como evitar tais situações?

Para evitar tais situações, é necessário garantir a transparência da saúde dos altos funcionários e monitorizar cuidadosamente as pessoas no seu ambiente que possam influenciar a tomada de decisões.

Grã-Bretanha

A dominação mundial tornou-se a uma ideologia de Moscovo comunista, chamada pelos bolcheviques de “Revolução Mundial”. A vitória desta revolução terminaria com a formação de um governo mundial – a “República Mundial Soviética”. Para conquistar o mundo, Estaline planeava começar pela conquista da Europa.

O maior obstáculo neste caminho foi o Terceiro Reich, um estado alemão baseado na ideologia nacionalista. Essa ideologia foi oficialmente chamada de “socialismo nacional”, onde palavra “socialismo” se usava no seu sentido original como solidariedade. O nacional-socialismo e o comunismo eram antagonistas ideológicos irreconciliáveis.

A ideia de Estaline era iniciar, em primeiro lugar, uma guerra entre os estados da Europa e, em seguida, entrar pelas cinzas como um “libertador”. De acordo com esse plano, a questão principal deveria ser o conflito alemão-britânico. Mas simpatias mútuas interferiam: a elite alemã considerava a Grã-Bretanha um país fraternal, e mesmo na Grã-Bretanha havia fortes simpatias para o nacional-socialismo, inclusive no meio da aristocracia e família real.

1. Quem? Winston Churchill

Para acender a guerra da Grã-Bretanha contra a Alemanha foi contratado essencialmente Winston Churchill, a quem, pelos serviços prestados, foram pagas enormes dívidas. “Em 22 de Julho de 1936, participou num jantar em que o magnata do petróleo Robert Cohen propôs a criação de um fundo que começava com 50.000 libras, para usar o futuro primeiro-ministro contra a Alemanha. Foi assim que começou, registado na Fleet-street nº54 em Londres, o grupo The Focus, no qual um papel não menos importante foi desempenhado pela Casa Bancária dos Rothschilds. Em Fevereiro de 1938, Churchill descobriu muitos dos seus impostos não pagos e 18.000 libras em dívidas. Como resultado, a propriedade Chartwell, adquirida em 1921, teve que ser colocada à venda. O fundador da versão actualizada do Financial Times, Brendan Bracken, cuidou de Churchill e como resultado, no palco apareceu um novo “conselheiro” de Churchill Henry Strakosch, que pagou 18162 libras esterlinas para manter a propriedade Chartwell, concedeu a Churchill um empréstimo irreembolsável de 150.000 libras, e comprometeu-se a pagar as suas dívidas por três anos” – “Guerras estranhas” de Winston Churchill (em ucraniano).

2. Como?

Segundo as informações disponíveis, a guerra da Grã-Bretanha contra a Alemanha foi organizada por três forças principais.

Em primeiro, são agentes secretos de Estaline que penetrem profundamente no governo britânico, particularmente nos serviços secretos (“Cinco de Cambridge”, Kim Philby, Victor Rothschild e outros).

Em segundo, são imperialistas britânicos, que não desejavam devolver à Alemanha as suas colónias, apreendidas sob o Tratado de Versalhes, mas adoptaram uma política de “balanço de poder” (Balance of Power). O Reino Unido havia seguido essa política nos últimos 400 anos. O seu significado era que o estado mais forte da Europa continental deveria ser destruído.

Em terceiro, são “financiadores informais” que estavam assustados com o socialismo nacional alemão por causa da sua “orientação antiparasitária”, quer dizer, de desejo de eliminar da sociedade processos sombrios de parasitismo social.

Para a guerra contra o Terceiro Reich, a Grã-Bretanha também foi persistentemente empurrada pelo governo do presidente Franklin Roosevelt. O embaixador dos EUA na Inglaterra em 1938-1940 Joseph P. Kennedy mencionou mais tarde: “Nem os franceses, nem os ingleses jamais teriam feito da Polónia uma causa de guerra, se não fosse o incitamento constante de Washington”.

Segundo as descobertas modernas das ciências históricas, os principais instigadores da Segunda Guerra Mundial foram Churchill e Estaline.

3. Conclusões

O envolvimento da Grã-Bretanha, de todo Império Britânico e de outros estados do Pacto Anti-Comintern na guerra contra o Terceiro Reich, levou à Segunda Guerra Mundial. Ela não correspondia aos interesses nacionais do Reino Unido. Como resultado da guerra, a Grã-Bretanha perdeu o seu império colonial e tornou-se um estado regional. A libra deixou de ser uma moeda mundial.

4. Como evitar tais situações?

As posições políticas não devem ser permitidas para pessoas com grandes dívidas pessoais, porque essa é uma tentação de abusar dos recursos estatais e dependência potencial de “patrocinadores” externos.

Terceiro Reich

A situação de interceptação de gerenciamento do Terceiro Reich lembra a situação dos EUA descrita acima: o papel de Harry Hopkins foi desempenhado por Martin Bormann.

A diferença é que o doente Roosevelt foi sitiado por um grande grupo de agentes secretos de Estaline, e Hitler, saudável e enérgico, tornou-se dependente de uma pessoa – o seu secretário pessoal.

1. Quem? Martin Bormann

Em 1943-1945, Bormann concentrou tanto poder nas suas mãos que, de facto, se tornou a figura mais influente do Terceiro Reich. Segundo a Encyclopedia Britannica, “em 12 de Maio de 1941, Hitler nomeou Bormann como chefe do escritório do partido. Bormann liderou a máquina administrativa do Partido Nazi. Através das intrigas e manipulações das fraquezas de Hitler, permanecendo nas sombras, ele alcançou o poder mais alto no Terceiro Reich. Enquanto controlava o pessoal do partido, ele influenciou as actividades dos serviços de inteligência. Ao ajustar a agenda de Hitler, Bormann conseguiu que ninguém penetrasse no Fuhrer, excepto ele”.

2. Como?

Martin Bormann foi recrutado pela inteligência de Moscovo na década de 1920, por recomendação do líder dos comunistas alemães Ernst Thalmann. Foi treinado numa escola de inteligência perto de Moscovo, encontrou-se pessoalmente com Estaline. Bormann recebeu recursos financeiros e suporte de carreira da inteligência soviética. Devido a isso, ele, sendo um nativo das classes mais baixas da sociedade e não possuindo talentos especiais, subiu até ao topo. Mais: Martin Bormann – agente ultra-secreto de Estaline: a história das operações especiais e suas atuais consequências (em ucraniano).

3. Consequências

As actividades de Bormann levaram o Terceiro Reich a consequências catastróficas. O pesquisador americano Lou Kilzer escreveu que “Bormann trouxe benefícios à Rússia não menos do que as cinquenta divisões do Exército Vermelho”. Isso é claramente uma subestimação.

1. Martim Bormann forneceu prontamente a Moscovo informação secreta de natureza estratégica. Como resultado, Estaline recebia documentos secretos antes de eles terem chegado aos generais alemães.

2. Bormann destruiu a política oriental do Terceiro Reich, organizando a repressão contra civis e forçou a relocação para trabalhar na Alemanha. Em particular, ele organizou o extermínio de judeus com base na sua origem étnica, independentemente das suas actividades.

3. Sob o disfarce de zelo e diligência especiais, Bormann sabotava o trabalho da máquina estatal.

4. Bormann incitava constantemente as pessoas de liderança de topo do Reich uns contra outros. Gerava conflitos que levavam à inibição ou colapso de projectos importantes. Por isso, todos odiavam Bormann. Ele eliminava a confiança mútua, tratava brutalmente os indesejados, formava uma atmosfera de medo.

5. Bormann envenenava constantemente a mente de Hitler, caluniava os seus associados, formava a sua crença que todos o tinham traído – excepto ele, Bormann.

4. Como evitar tais situações?

Se Hitler tivesse ouvido as opiniões dos seus colegas sobre Bormann e encontrado as razões da sua atitude negativa em relação a ele, a história do mundo teria sido diferente.

Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN)

Apesar de grandes esforços, Moscovo não conseguiu interceptar o gerenciamento da OUN, mesmo após da liquidação física do seu líder Yevhen Konovalets em 1938 pelo agente de NKVD Pavel Sudoplatov. Portanto, Moscovo passou à criação de uma organização clone chamada OUN(r) – “OUN revolucionária”. O seu criador, em fevereiro de 1940, foi o agente de NKVD Richard Yary. Para a função de “líder” oficial (“marca” de organização, “banner”, “bandeira”) havia sido seleccionado Stepan Bandera, que acabara de ser libertado da prisão polaca pelos alemães, onde permaneceu em isolamento feroz por cinco anos. Stepan Bandera foi usado “em escuro” como um transformagente: Transformagentes ou Idiotas úteis – instrumento principal da guerra híbrida. (em ucraniano, polaco).

De acordo com as evidências disponíveis, o próprio Estaline pessoalmente aprovou Stepan Bandera como um “líder” guiado, baseado-se principalmente nas considerações da guerra informativa: a palavra “bandera” era vista como “bandido”, quer dizer, especialmente feroz, cruel, um bandido endurecido. Assim, era mais fácil imaginar todos os nacionalistas ucranianos como “bandidos”, o que é extremamente importante para a propaganda. Esse esquema estalinista funciona efectivamente até hoje na guerra híbrida moderna: não são nacionalistas, mas os “banderistas” lutam contra Moscovo.

1. Quem? Richard Yary

Aqui, Zenoviy Knysh (Doutor em Direito e Ciências Políticas; desde 1924, membro da equipa distrital da UVO (Organização militar ucraniana), desde 1940, membro da Liderança e Secretaria da Liderança de Nacionalistas Ucranianos) relata: “Richard Yary veio de uma família governamental austríaca. Ele nasceu em 1898 na cidade de Rzeszow. O seu nome verdadeiro foi escrito em alemão “Jahre”, Yary é a sua forma ucraniana. Havia rumores de que ele tinha vestígios de sangue judeu. O pai de Yary talvez seria um judeu húngaro baptizado, e a mãe, da família Pollak, também era uma judia baptizada, mas isso não pode ser dito com certeza”. Yary fazia serviço no Exército Galego Ucraniano (UHA). Estava sob investigação pela especulação de cavalos. Em 1922, casou-se com uma judia chamada Raisel Spielvogel. Ingressou na UVO e em 1923 mudou-se para Berlim. Ele forneceu comunicações UVO-OUN com os militares alemães, através das suas mãos passava financiamento alemão. Monopolizou a sua posição como mediador e posteriormente tornou-se “insubstituível”. Era suspeito de apropriação indébita de grandes somas.

2. Como?

Se Bormann foi recrutado com base em suas crenças comunistas, Richard Yary aparentemente foi atraído por dinheiro. Contando com o desenvolvimento explosivo da organização que ele criou, o patrocínio de Moscovo para construir a OUN(r) de Bandera foi muito generoso.

As salvaguardas também podiam ser um factor importante no recrutamento de Yary. Vale ressaltar que as três principais “toupeiras” de Estaline – Bormann, Koch e Yary – têm características comuns:

1. Eles começaram as suas carreiras na década de 1920, no início da formação dos movimentos nacional-socialistas alemães e nacionalistas ucranianos.

2. Começavam nas posições de “tesoureiros” e “chefes de gestão”.

3. Conflituavam com outros membros da organização na luta pelo poder e recursos.

4. Durante a guerra, eram figuras de alto escalão de organizações hostis à URSS.

5. Encorajaram a “acções radicais”, chamaram para extremos.

6. Apesar de tudo isso, depois da guerra, viveram silenciosamente em condições confortáveis em território controlado por Moscovo e morreram de morte natural.

Veja mais no artigo “Richard Yary – agente de Estaline, fundador da OUN de Bandera, um rico proprietário de terras” (vídeo) (em ucraniano).

3. Consequências

Para o nacionalismo ucraniano, a operação especial “Projecto Bandera” teve consequências catastróficas.

1. A recém-formada organização de Bandera iniciou suas actividades de terror contra OUN: até 1941, cerca de 400 activistas da OUN foram fisicamente aniquilados. Durante o período seguinte, bandeiristas mataram o tenente-coronel Mykola Stsiborsky (autor da “Natiocracia”, o esboço da Constituição da Ucrânia e o “Livro Branco da OUN”) e Omelian Senyk (Hrybivsky), quem chefiaria o governo do estado ucraniano, amigável para o Terceiro Reich. Assim, com a ajuda da organização sabotadora de Bandera, Moscovo conseguiu lançar o mecanismo de autodestruição dos ucranianos. Como Pavel Sudoplatov menciona em suas memórias, “banderistas mataram o Baranovsky, Stsiborsky, Hrybivsky, Sushko em Zhytomyr e Lviv em 1942-1943. O militante Lemek foi liquidado em Poltava em 1942” (Operações especiais. Lubianka e o Kremlin. 1930-1950. - M.: OLMA-PRESS, 1997 (em russo).

2. No verão de 1943, a organização de Bandera interceptou a governação do Exército Insurgente Ucraniano (UPA) – Como os banderistas destruíram o UPA (em ucraniano, polaco). Assim, a força ucraniana foi dirigida contra o Terceiro Reich, aliado da Ucrânia, como a autodestruição.

3. O nacionalismo ucraniano foi substituído pelo extremismo de esquerda, fundamentalmente dirigido contra o estado ucraniano. Nacionalismo é uma ideologia direita. Aquilo que agora é chamado de “nacionalismo ucraniano”, é realmente de esquerda. Esta é uma principal razão pela qual ainda não existe um partido político nacionalista mais ou menos influente na Ucrânia.

4. O pseudo-nacionalismo na forma de banderismo ainda esta a ser usado activamente por Moscovo na guerra híbrida contra a Ucrânia, principalmente para impedir a consolidação nacional.

4. Como evitar tais situações?

Em primeiro, Yevhen Konovalets mitigou a atitude negativa dos outros membros da OUN em relação a Richard Yary. Essa anuência aos abusos de Yary é semelhante à de Bormann do lado de Hitler.

Em segundo, Richard Yary era alheio, era um estranho para o caso ucraniano, por isso transformou-o num negócio sangrento. Se Konovalets tivesse lido o Evangelho com mais cuidado, ele teria entendido a mensagem de Jesus Crestos de que as organizações étnicas deveriam ser constituídas por pessoas da mesma etnia – deveriam ser etnicamente homogéneas.

A principal razão do sucesso de operações especiais para interceptar o gerenciamento

Como podemos ver nos casos descritos acima, o inimigo usa as fraquezas dos líderes para interceptar o gerenciamento. Podem ser deficiências físicas (Roosevelt), adversidade financeira (Churchill), contaminação com ideias esquerdistas (Bormann), credulidade e clemência excessivas (Hitler), complexo de inferioridade com delírios de grandeza (Bandera), ganância por dinheiro (Yary).

Mas a principal causa de vulnerabilidade é a visão do mundo das comunidades humanas, na sua incapacidade de diferenciar a verdade e a mentira, o bem e o mal, natural e antinatural, santidade e pecaminosidade. Uma percepção clara da natureza do homem e da sociedade ajuda a criar formas organizacionais resistentes à interceptação de gerenciamento. Com a abordagem correta, essas formas podem ser absolutamente resistentes, ou seja, invulneráveis. Falaremos sobre isto nas próximas publicações.

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